primícias poéticas: solitária

primícias poéticas


sábado, outubro 11, 2008

solitária

nas lonjuras noturnas, matuto
abismos do aquém-janela
silêncios frágeis
escuridão solitária, escuto
- breu absoluto –
um escuro mais escuro
que o luto
buraco negro sem fundo
garganta do mundo

num canto de beco
engulo seco
pensamentos
o silvo dos ventos
o ladrar de um cão
ruído de portão

encolhido
abraço minha perna
e espero acabar
mais uma noite
eterna

da lapela de octavio roggiero neto às 2:39 AM

2 Comentários
Blogger Dauri Batisti disse:

Estas lonjuras de dentro são s mais distantes e as mais escuras.
Mas... também a noite, como tudo, tem seu fim.
Abraço.

11:14 AM  
Anonymous Anônimo disse:

Por quê? que pensamentos se escondem nos dias e se revelam na solidão da noite que só papel pode resolver?

2:46 PM  

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