primícias poéticas: o dia acabado

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quinta-feira, maio 22, 2008

o dia acabado

os cabelos em açoites
ondulam soltos ao vento...
silhueta de minhas noites,
dos meus dias, pensamento.

não vês que tenho o olho ardido
de não piscar um instante,
vidrado no indefinido,
flertando-te, sombra errante?

por que então não te revelas
em meu noturno abandono,
enquanto, acesas as velas,
atento, resisto ao sono?

reconsidero a visão
desta distância infinita:
só em minha imaginação
recebo tua visita.

e quando tudo já escuro,
vejo, livre de consciência,
tão nítido o que procuro:
teu lindo corpo de ausência.

e é com ele que me deito,
muito exausto e extasiado.
eis que o sonhado foi feito...
...começo o dia acabado.

da lapela de octavio roggiero neto às 12:46 AM

1 Comentários
Blogger Angélica Juns disse:

nossa, mto bom!

1:42 AM  

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