primícias poéticas: linha do além

primícias poéticas


sexta-feira, abril 04, 2008

linha do além

mote

ele anda morrendo sem
que ninguém jamais repare,
depois senta e espera o trem
num banco vazio na gare.



andando na linha
do horizonte
segue a tarde em que cismo

abismo em quedas

........................silentes
ausências distâncias poentes

da linha do além
lá do fundo do mundo findo
vem vindo, vem vindo, vem vindo
mas nunca chega

....................o trem

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entardeço amargo
sozinho me largo
num banco
..............vazio
sentado ao lado de outro
.................................ninguém
olhando o mundo, ao mais profundo

de nenhures, habitante
com o vento sigo
.......................errante

meu endereço é onde me deixo
em qualquer canto da cidade

um jornal amassado
cheio de tudo, sem novidade
cheio de nada
com palavras no meio
e palavras-cruzadas

com isso sou parecido,
num banco vazio:
com este jornal
.....................esquecido

da lapela de octavio roggiero neto às 6:03 PM

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