Heliodora
bem de manhãzinha
ao abrir das janelas, o dia se inaugura
com a falação da passarinhada
inda orvalhada de sonhos
a sonolência espreguiça que espreguiça gostoso
a brisa desgrenha o capinzal num cafuné
e o cheiro de mato enche o peito de bucolismo
(sobre este peitoril
poderia pensar versos os mais bonitos)
respirar a tua tranqüilidade
traz de volta uma paz humilde,
paz sincera
paisagem de desenhos pueris,
daqueles feitos com capricho
pelas mãozinhas ingênuas
talvez sejas uma das últimas
reminiscências do paraíso
pelos teus paralelepípedos
arrasto chinelos até a matriz:
"um tirim d'ispingarda..."
enternecido,
vejo graça na velhinha
e seu impetuoso sinal-da-cruz
com as mãos nas algibeiras sigo cantarolando
e contemplo o sol ameno
alourando o horizonte
sul de Minas Gerais, 2003
ao abrir das janelas, o dia se inaugura
com a falação da passarinhada
inda orvalhada de sonhos
a sonolência espreguiça que espreguiça gostoso
a brisa desgrenha o capinzal num cafuné
e o cheiro de mato enche o peito de bucolismo
(sobre este peitoril
poderia pensar versos os mais bonitos)
respirar a tua tranqüilidade
traz de volta uma paz humilde,
paz sincera
paisagem de desenhos pueris,
daqueles feitos com capricho
pelas mãozinhas ingênuas
talvez sejas uma das últimas
reminiscências do paraíso
pelos teus paralelepípedos
arrasto chinelos até a matriz:
"um tirim d'ispingarda..."
enternecido,
vejo graça na velhinha
e seu impetuoso sinal-da-cruz
com as mãos nas algibeiras sigo cantarolando
e contemplo o sol ameno
alourando o horizonte
sul de Minas Gerais, 2003
